Mudança no Palácio da Justiça adia para 2025 etapa de processo sobre assassinato de jovem há 4 anos em Campinas
11/10/2024
Transferência para a Cidade Judiciária atrasou, ao todo, oito júris e 20 audiências. Andrew Silva foi morto aos 19 anos espancado durante confusão em bar. Jovem de 19 anos morreu após briga em bar de Campinas
Reprodução/EPTV
A transferência da Vara do Júri de Campinas (SP) do Palácio da Justiça para a Cidade Judiciária adiou oito júris populares e 20 audiências. Um dos processos afetados é o do assassinato de Andrew Silva, morto aos 19 anos durante confusão em bar. A audiência, que seria na quarta-feira (9), foi remarcada para fevereiro de 2025. O crime ocorreu há quatro anos.
Segundo o Tribunal de Justiça, todo o processo de mudança, desde mobiliário, equipamentos de informática, documentos e pertences, até a readequação do novo espaço, tornou "inviável a manutenção das datas".
"A unidade tomou todas as providências para o remanejamento das sessões para os dias mais próximos possíveis, algumas neste ano, com prioridade aos casos que envolvem réus presos, conforme determina a legislação", completou o tribunal, por meio da assessoria de imprensa.
As audiências e os júris de novembro não tiveram alteração nas datas. "As atividades cartorárias seguem funcionando durante o período de transição e não há suspensão de prazos", completou o tribunal.
Serviços do Palácio da Justiça, no Centro de Campinas, foram transferidos para a Cidade Judiciária
Rogério Capela/Divulgação
O crime
Segundo a investigação da Polícia Civil à época, a confusão teria começado no Bar Velho Casarão, e as agressões flagradas foram registradas na Rua José Paulino, próximo ao local.
Andrew Silva e outros dois rapazes foram agredidos com facadas e barras de ferro. O jovem chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Mário Gatti. As agressões foram gravadas - veja abaixo.
Câmera de segurança registra momento em que jovem é agredido no centro de Campinas
Os outros dois jovens, de 20 e 23 anos, também precisaram ser encaminhados ao hospital. Uma testemunha ouvida pela EPTV no dia seguinte ao crime informou que a confusão começou na praça e o jovem teria sido confundido pelos agressores.
"Ele estava descendo para vir embora, quando a confusão que tinha começado na praça, eles desceram para procurar as pessoas e confundiram meu amigo com os que começaram a confusão. Pegaram ele e derrubaram. Chegou um pela frente dele, dando uma rasteira, e começaram a socar meu amigo."
Segundo a jovem, que preferiu não se identificar, um dos agressores estava com a faca, e os demais realizaram as agressões com auxílio de pedaços de madeira, taco de beisebol e ferros de chopeira.
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